sexta-feira, 15 de novembro de 2013

De Filosofia em Filosofia....

Não sou apegado a essa coisa de datas comemorativas e alusivas ao que quer que seja. Penso que emoções, sentimentos e memórias inclusive, são atemporais e se inserem em cada indivíduo conforme as demandas do cotidiano e da própria história de vida.
Contudo, hoje comemora-se no Brasil a proclamação da república.

Eu poderia escrever sobre isso a começar pela definição de Republica, de suas origens gregas e falar da RES = coisa, Publica = do povo. Mas não vou falar....risos

Hoje, também comemora-se o Dia Mundial da Filosofia....
 

Desejei filosofar...
 

Mas filosofar num mundo onde o avanço tecnológico é milhares de milhões de vezes mais efetivo 
que o avanço filosófico é meio complicado...
 

Penso que Sartre, Roterdã, Schopenhauer e outros tantos mais antigos não tiveram tamanha concorrência desleal...
 

Penso que a filosofia hoje tem mais adeptos reclusos ante uma lareira acolhedora com um generoso copo de cabernet sauvignon cintilando sob o reflexo do fogo, do que nos bancos acadêmicos...
 

E penso como disse o velho recluso Belchior, que se um analista amigo meu falasse hoje, ele diria que "o amor é uma coisa mais profunda que um encontro casual......".
 

E repenso que filosofar é um exercício também de vida e morte. Vida que vem e precisa ser atualizada a cada dia, mesmo que seja nas teclas F5 do computador que há muito deixou de ser um mero aparelho eletro eletrônico...
 

Vida que vai entre pingos de reconfortante néctar e cascatas torrenciais de uma mistura do mais terrível fel de nossos dissabores e da cachaça amarga que nos "consola" pois o velho recluso Chico 
Buarque já filosofou " que também, sem a cachaça, ninguém segura esse rojão...".
 

E tem a morte...
 

E penso que cada vez penso mais, que desejo que ela me venha como já descrevi aqui: "Como uma balzaquiana gostosa, bronzeada de sol e com marquinhas de biquíni...".
 

E complemento repensando que depois que ela me sugasse com seu beijo gelado e depois de incinerados todos os meus podres, alguma alma generosa jogasse minhas cinzas no rio ou no mar que jamais estive, e que neste momento, tocasse no seu I Phone uma ária de Puccini cantada pelo Pavarotti.
 


Por: André Lacerda - Psicanalista

Nenhum comentário:

Postar um comentário