terça-feira, 30 de junho de 2015

A Psicologia das Massas, Ou: Os Reacionários devem combater os idiotas, não os homossexuais



Na última sexta (26), a Suprema Corte Americana mais uma vez violou o princípio federalista e derrubou os vetos de treze Estados contrários aos casamento gay.  Nada de novo sob o céu. A prática do governo central em se intrometer em assuntos estaduais aprovando leis de âmbito nacional sem o consentimento do parlamento é prática antiga em todas as supostas democracias. Foi mais uma batalha perdida para o Estado de Direito, mas, convenhamos, já esperávamos que acontecesse.

O que não esperávamos foram as manifestações de vitória que ocorreram pelo globo por parte daqueles que de algum modo sentiram que era preciso comemorar. E em especial, não podiam faltar os brasileiros que, mais parecendo cegos e surdos para a realidade, comemoravam ontem a caminhada do homem sobre a lua, ou o fim da Segunda Grande Guerra. O país parece mesmo uma espécie de lixão geopolítico do mundo, onde comemora-se como novidade o mais novo pedaço de cultura descartada pelos outros. Não sei no exterior, mas por aqui, quanto menos se sabe de um assunto, mais as pessoas se sentem na necessidade de falar sobre ele.  

Desta vez as pessoas não saíram de suas casas para quebrar o patrimônio público e agredir agentes de segurança sem saber o motivo. Não colocaram sobrenome de tribo indígena porque ouviram dizer que estão ameaçados de extinção, tão pouco escreveram " #somostodosmacacos". O que despertou a necessidade de estar na moda e ser visto pelos demais como alguém preocupado com o mundo foi colorir a foto do perfil com as cores do arco-íris. Ressalvas se fazem necessárias nesse ponto, pois normalmente as pessoas não leem o que está escrito e não entendem o que está sendo explicado: até onde eu entendo, gays nascem gays, e não há nada que a religião, o Estado ou que quer que seja possa fazer contra essa verdade do universo. O alvo da minha crítica, como sempre, é o idiota, não o homossexual.

No geral, são os conservadores que precisam superar o nojinho contra homossexuais e perceberem que homossexualidade e ideologia gay são coisas diferentes. Adiante.

Então critico a moda? Não. O ser humano tem uma certa tendência em não querer ser muito diferente dos demais. A questão não é estar na moda, até porque cedo ou tarde todos estaremos. O ponto é como, do dia para a noite, o brasileiro entra de cabeça em uma manifestação que achou cool, sem saber de onde veio, onde está e para onde vai. Não estávamos chorando a morte do "famoso quem" cantor de sertanejo? Comportamento típico de manada, de massa. E massas são facilmente manobráveis. Tenho mais em consideração alguém que diz que coloriu-se porque achou bonito, daquele que, indagado sobre o motivo de escolher o que todo mundo escolhe, passa a inventar razões para agir como gado. Gente, vamos combinar: haviam treze estados contrários ao casamento gay, os outros trinta e sete já tinham aprovado. Os EUA são uma das nações onde homossexuais são contratados para séries, filmes, programas de TV e...palestras em igrejas, como podem ser uma nação opressora, que ridiculariza e oprime os gays? O casamento gay já tinha sido aprovado no Brasil em 2011, e legalizado em 2013, e só agora "o amor venceu"? O Estado Islâmico também comemora a decisão da Corte Americana arremessando homossexuais do alto de prédios. Não, parece que o amor não venceu - ainda.

É ainda mais coerente ver pessoas como Luciana Genro, Jean Wyllys e Erika Kokai comemorem a vitória de algo que se deu em um país ainda capitalista, ainda protestante e no qual não faltam críticas da esquerda brasileira. Gays e héteros podem colorir suas fotos, não em Cuba, Rússia ou Coréia do Norte, que eu saiba.

Brasileiro é assim mesmo. Entra de cabeça em algo que não sabe como surgiu, não sabe que organismos e interesses estão por detrás, não sabe como vai terminar, não sabe que o mesmo já se deu inúmeras vezes em outras terras, mas acredita piamente que é bom, porque é a onda do momento. O indivíduo dotado de necessidades coletivas, como aceitação e imagem, acaba sendo levado por todo e qualquer vento de doutrina. Ponto para as organizações e engenheiros sociais que conhecem os gatilhos que ativam a psicologia das massas. Preparam - há décadas - comportamentos e reações que agora boa parte da humanidade põe em prática.

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Trechos...


“Sempre à noite, esperei das estrelas respostas... Porém, mal sabia eu que delas, tiraria as mais cruéis e intrigantes perguntas...”.

"Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência...
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim".

“A angústia é uma reação a uma situação de perigo. Ela é remediada pelo ego que faz algo a fim de evitar essa situação ou para afastar-se dela. Pode-se dizer que se criam sintomas de modo a evitar a geração de angústia, mas isso não atinge uma profundidade suficiente. Seria mais verdadeiro dizer que se criam sintomas a fim de evitar uma situação de perigo cuja presença foi assinalada pela geração da angústia. Nos casos que examinamos, o perigo em causa foi o de castração ou algo remontável a castração”.

“Você apenas lembra uma ilusão, mas houve muitas outras antes”.

“O neurótico cria em seus sintomas satisfações substitutivas para si, e estas ou causam sofrimento em si próprias, ou tornam-se fonte de sofrimento pela criação de dificuldades em seus relacionamentos com o meio ambiente e a sociedade a que pertence. Esse último fato é fácil de compreender; o primeiro nos apresenta um novo problema. A civilização, porém, exige outros sacrifícios, além do da satisfação sexual”.



(A ANGÚSTIA E O MAL-ESTAR NA CONTEMPORANEIDADE)

quinta-feira, 4 de junho de 2015

...

Religiões teístas não adoram o mesmo deus, elas apenas interpretan de forma 
diferente a mesma fantasia... (desconheido)



segunda-feira, 1 de junho de 2015

A religião do veganismo..


Não estou generalizando nesse texto, apenas sou crítico com algumas pessoas da grande maioria que adquirem essa modalidade comportamental/alimentar. Para mim veganismo, vegetarianismo etc, transformaram-se em moda, em uma religião. O ser humano contemplando sua fraqueza existencial, cria terceiros para suprir esse vazio. Já fui vegetariano, hoje vivo minha vida sem paranoias, apreciando o lado bom da vida, sem "deus", sem rôtulos, sem "ismos", vivo apenas quem eu realmente sou, e não tenho a necessidade de provar nada para ninguém...



Talvez, vocês tenham presenciado uma cena semelhante: Você vem andando pela calçada e é abordado por uma moça. Ela pede um minuto de sua atenção e você, como todo bom idiota, para para (maldito acordo ortográfico!) dar atenção – e depois lamentar de não ter continuado andando. Ela diz que quer falar com você e lhe entrega um panfleto. Ela, com seu sorrisinho, fala pra você mudar de postura, pois a mesma é errada, que você deveria ver o mundo com outros olhos, ser mais ético. Que, assim que mudar, sua vida melhorará e ajudará a fazer um mundo sem sofrimento.

Você deve estar pensando em alguma Testemunha de Jeová, com sua revista Sentinela, mas não. Estou falando de uma das novas religiões que apareceram nos últimos tempos: o Veganismo. Sim, pois a onda Vegan está mais parecida com religião do que qualquer outra coisa, e aqui eu demonstrarei o porquê.
Primeiro de tudo, vamos entender o que é veganismo e, para isso, vamos ver sua origem: o vegetarianismo. Não, os dois não são a mesma coisa.

O vegetarianismo não tem nada de complicado: A pessoa não gosta de comer carne e prefere alimentar-se apenas de vegetais. Simples assim. Há alguns que se alimentam de ovos, leite e derivados (seja de vaca, cabra ou outro animal qualquer), ovas (de peixe, claro) etc. Não é muito diferente se eu não quiser comer ovos mexidos, por exemplo (detesto ovos mexidos), ou quiabo (odeio quiabo!). A pessoa come o que quiser e pronto! Fim da história. É mais ou menos como acontecem nas religiões: Um camarada cisma que existe um deus (chamemos Coxarrebolante). Ele faz umas preces a Coxarrebolante, venera Coxarrebolante e continua a sua vidinha. Outros acham que isso deve ser seguido com maior rigor, daí constroem um templo para Coxarrebolante, fazem “UUUUUUhhhhh” para Coxarrebolante, dedicam oferendas e assim tem início a religião do Coxarrebolantismo. Todos TÊM que ser coxarrebolantistas, pois caso contrário serão considerados hereges e atirados no inferno.

Com o Veganismo não é diferente. Em 1944, Donald Watson (1910 – 2005) fundou a Vegan Society, por ter se indisposto com a Vegetarian Society por diferenças ideológicas – coisa que não ficou muito bem explicada, mas isso nós vemos acontecer em qualquer religiões. Assim, Watson (que não é aquele Watson) se juntou a mais 6 pessoas, e decidiram criar uma nova sociedade, criando até mesmo um novo nome. Watson foi criado numa fazenda quando garoto e resolveu ser vegetariano quando ele viu o que acontecia com os porcos, de modo a virarem o amado bacon nosso de cada dia. Ele (Watson e não o bacon) surtou com pena dos animais e achou que a humanidade era boba, feia e chata; e essa humanidade boba, feia e chata tinha que defender os animais.

Sinceramente, não acho nada de errado defender os animais. Mas há algo sinistro que governa os destinos dos seres vivos. Há algo malévolo, pérfido, indiferente a qualquer coisa que nasce, vive e morre. Essa coisa, como já falei várias vezes, é a Seleção Natural. Ela é quem comanda a sua vida, seu mortal idiota! Antes de prosseguir, demonstrando porque o veganismo está caindo para as raias do absurdo (se é que não começou lá), vamos dar uma repassadinha básica em certos detalhes do mundo biológico.

Nós, seres humanos, somos apenas uma ridícula e insignificante porção da biodiversidade. Somos tão ridículos que só há uma única espécie do gênero Homo. Nenhum dos outros sobreviveu. Apesar de sermos ridiculamente insignificantes, a Seleção Natural demonstrou que somos vencedores, dados os milhares de anos que o Homo sapiens anda por aí. Todos os demais indivíduos do gênero Homo não sobreviveram para contar a história, pois foram extintos. Se algo contribuiu para isso foi a nossa dieta onívora (comemos qualquer coisa, ou quase) Antes, éramos caçadores-coletores, isto é, vivíamos exclusivamente da caça e da coleta de víveres que estavam facilmente ao alcance das mãos. Isso perdurou até que inventamos a agricultura. Nosso cérebro era pequeno e não muito bom para formar o que poderíamos chamar de civilização tecnológica (emprego “tecnologia” como o conhecimento de usar ferramentas, mesmo as mais rudimentares). Alguma coisa fez a diferença, e essa diferença foi a ingestão de proteínas de origem animal.

Esse é o ponto que o vegan fica estarrecido, arregala os olhos e diz: NOOOOOOOOO!!! Mas, esperem! As plantas também produzem proteínas, logo o que há de diferente entre elas?

Vegans, como costumam ser os religiosos fanáticos, não leem nada que divirja de sua opinião pré-concebida e preconceituosa, isto é, eles costumam não entender NADA de bioquímica. Façam um teste: peguem um livro de bioquímica e tomem um capítulo. Escolham um vegan e peça para ele explicar. Digamos, ciclo de Krebbs. Se você estiver num debate online, o co-debatedor correrá pro Google, acessará a Wikipédia e dará copy/paste. Peça para ele explicar o que está escrito ali. Ele não saberá. No máximo, recorrerá a sites como o Go Vegan, o Answer in Genesis do Veganismo.

Muito bem, a maioria das plantas sintetizam seu próprio alimento através da fotossíntese, como qualquer criança de Ensino Fundamental sabe. Mas é um processo MUITO complexo. A planta sintetiza também proteínas – que nada mais são que junção de vários aminoácidos – além de enzimas que possibilitam muitas reações químicas no organismos (às vezes elas participam da reação, às vezes só agem como catalisadores, acelerando – mas não participando – da reação). Os animais sintetizam proteínas de forma diferente. Eles montam e desmontam proteínas, absorvem e reciclam os nutrientes absorvidos, até produzirem as proteínas necessárias ao seu funcionamento.

Os animais não produzem todas as proteínas igualmente. Alguns animais produzem uma determinada proteína, outros não. Por causa disso, e de nossa dieta onívora, os seres humanos que desenvolveram a capacidade de metabolizar quase todos os tipos de proteínas tiveram melhor chance na corrida evolutiva, pois a população que apresentou esta capacidade ficou em vantagem nos tempos de escassez. Assim, o que REALMENTE interessa aos animais são os aminoácidos provenientes das proteínas, pois eles serão usados para suprir o organismo de forma que o metabolismo faça a síntese do que for necessário. Dessa forma, o que importa não é a proteína em si e sim de quais aminoácidos ela é constituída.

Um detalhezinho que os fanáticos religiosos vegans – também chamados Talibãs da Couve-Flor – não sabem (ou não querem saber): as proteínas animais são mais facilmente metabolizadas do que as proteínas vegetais, pois as proteínas vegetais são formadas por outros aminoácidos que seriam necessários para o nosso organismo, mas não todos. Se determinados aminoácidos estiverem presentes, não servirão, pois cada proteína é formada por uma série de aminoácidos característicos. E eu ainda nem entrei na questão das vitaminas e complexos vitamínicos. Logo, não basta ser proteína, tem que ser formada pelos aminoácidos certos.

O que isso significa? Significa que bioquimicamente, não há sentido ser apenas (notem o “apenas”) vegetariano. Basta considerar que nem todas as proteínas vegetais possuem os aminoácidos que nós, seres humanos, precisamos. De onde iríamos conseguir estes aminácidos? Comprando no Mercado Livre? Hoje é fácil, há 20 anos era difícil, há 50 anos era praticamente impossível e de 100 anos para trás era COMPLETAMENTE impossível.

Mas… mas… mas, e os estudos que as carnes fazem mal? Simples: Não fazem.

As carnes, enquanto fonte de proteínas, não fazem mal; o que faz mal é a taxa de gordura associada a ela. Escolhendo carnes mais magras, o problema diminui substancialmente. E aí vamos para outro ponto em que o veganismo é semelhante às religiões: Desonestidade.

Sites como o Go Vegan, como todo antro de fanatismo religioso, omite certas informações. Costumam tecer comparações entre as dietas onívoras e as vegetarianas, dando (é claro) vantagem para a dieta vegetariana. O que eles “esquecem” de mencionar é que comparam uma dieta onívora desbalanceada com uma dieta vegetariana balanceada. Trapaça pouca é bobagem! “Esquecem” também de mencionar que, embora os vegetais também apresentem proteínas, a maior parte da planta é composta por celulose, um carboidrato (e não proteína) que não é absorvido pelo organismo humano; se fosse você poderia comer algodão ou mesmo papel, mas você sabe que não é assim que a banda toca. Por certo, nem mesmo o sistema digestório de animais herbívoros, como os boizinhos lindos, estão completamente adaptados para isso. O que eles têm que nós não temos são micro-organismos que atacam a celulose, quebrando-a em moléculas menores que podem ser absorvida pelo organismo dos distintos herbívoros.

No caso dos animais, digerimos a sacarose e o amido (dois outros exemplos de carboidratos) porque eles são “quebrados” em partes menores. Nossa saliva contém uma enzima camada amilase, responsável por quebrar o amido em unidades menores, facilitando sua absorção. No tocante à proteína animal, o fato é que sua ingestão nos propiciou o desenvolvimento do encéfalo [1] [2] [3] . Da mesma maneira, houve um aumento de estatura considerável no povo japonês depois da Segunda Grande Guerra. Com a chegada de norte-americanos nas ilhas do Pacífico, começou a haver uma mudança de hábitos alimentares, com a introdução de mais proteína animal na dieta dos que lá viviam. Isso acarretou um aumento na estatura média do povo japonês [4] [5] , somando-se também um melhor estilo de vida [6] ; e é óbvio que apenas a ingestão de proteína animal não acarretaria isso, mas também é um fator a ser levado em conta. Se fosse nociva, tal desenvolvimento não seria observado, ou seria em menor grau. Em uma reportagem da revista Época (edição de 24 de agosto de 1998), é demonstrado como os tanques japoneses possuíam cabines pequenas, adequadas à estatua média do soldado japonês. Atualmente, entrar numa cabine assim é muito, muito complicado para um adulto. Ainda no tocante à população japonesa, estudos sugerem que o consumo de proteínas animais – em comparação com os povos ocidentais – não está relacionada com casos de Acidente Vascular Cerebral ou infartos. Credita-se então à ingestão de altas percentagens de gordura animal e colesterol. Fica claro que o problema não é a carne em si, e sim a gordura, como banha de porco etc.

Ao lermos sobre os efeitos de uma alimentação pobre em proteínas, encontramos um artigo que relata (grifos meus):

A suplementação, com proteínas, de uma dieta na qual esse nutriente era deficiente, tanto em quantidade quanto em qualidade, levou a resultados diversos, dependendo da qualidade da proteína usada na suplementação. Quando se suplementou a dieta carente com uma proteína de baixa qualidade (de origem vegetal), os efeitos sobre a DA [depressão alastrante da atividade elétrica cerebral] não foram revertidos. A reversão só foi conseguida quando a proteína usada na suplementação era a caseína, a proteína animal de excelência para os mamíferos. Com base nessas observações pode-se concluir que os efeitos da desnutrição no início da vida sobre o desenvolvimento e as funções cerebrais não podem ser completamente evitados, se a alimentação deficiente for suplementada apenas com proteínas de baixo valor biológico, isto é, de baixa qualidade, definida pela falta de alguns aminoácidos essenciais.

Guedes, Rubem Carlos Araújo, Rocha-de-Melo, Ana Paula Rocha-de-Melo e Teodósio, Naíde Regueira Teodósio – NUTRIÇÃO ADEQUADA: A BASE DO FUNCIONAMENTO CEREBRAL, Ciência e Cultura vol.56 no.1 São Paulo Jan./Mar. 2004

Em (pseudo)refutação a isso, costumam linkar o artigo da American Dietetics Association como prova que a dieta vegetariana é mais saudável. Ou não sabem ler em inglês, não sabem usar o Google translator ou são carentes de honestidade (mais provável, uma soma dos três). O abstract (resumo) do artigo começa com:

It is the position of the American Dietetic Association and Dietitians of Canada that appropriately planned vegetarian diets are healthful, nutritionally adequate, and provide health benefits in the prevention and treatment of certain diseases. Approximately 2.5% of adults in the United States and 4% of adults in Canada follow vegetarian diets. A vegetarian diet is defined as one that does not include meat, fish, or fowl. Interest in vegetarianism appears to be increasing, with many restaurants and college foodservices offering vegetarian meals routinely. Substantial growth in sales of foods attractive to vegetarians has occurred and these foods appear in many supermarkets. This position paper reviews the current scientific data related to key nutrients for vegetarians including protein, iron, zinc, calcium, vitamin D, riboflavin, vitamin B-12, vitamin A, n-3 fatty acids, and iodine.

É a posição da Associação Dietética Americana e Nutricionistas do Canadá, que dietas vegetarianas apropriadamente planejadas são saudáveis, nutricionalmente adequadas e fornecem benefícios de saúde na prevenção e no tratamento de certas doenças. Aproximadamente 2,5% dos adultos nos Estados Unidos e 4% dos adultos no Canadá seguem dietas vegetarianas. A dieta vegetariana é definida como aquela que não inclui carne, peixe ou ave. O interesse pelo vegetarianismo parece estar aumentando, com muitos restaurantes que oferecem refeições vegetarianas rotineiramente. O crescimento substancial nas vendas de alimentos atraentes para os vegetarianos ocorreu e estes alimentos aparecem em muitos supermercados. Este artigo analisa a posição atual de dados científicos relacionados aos nutrientes essenciais para os vegetarianos, incluindo proteínas, ferro, zinco, cálcio, vitamina D, riboflavina, vitamina B-12, vitamina A, ácidos graxos n-3, e iodo.

Com o detalhe que as vitaminas do complexo B são majoritariamente (e no caso da vitamina B12, exclusivamente) pertencente a alimentos de origem animal, isto é, carnes. Vegetais não apresentam vitamina B12, a qual é essencial ao nosso organismo [7] . Qualquer um que estude um pouquinho de fisiologia sabe que além da vitamina B12, o ferro é muito importante, principalmente sob a forma heme, que é essencial para nós, devido ao seu trabalho junto à hemoglobina. Esta forma de ferro é muito mais fácil de ser absorvida pelo nosso organismo do que o ferro não-heme. Alimentos de origem animal contém não só ferro sob a forma heme, como a não-heme. Os vegetais normalmente só possuem a segunda [8] [9] [10] .

Nisso, cabe repor os nutrientes e vitaminas essenciais com o uso de suplementos alimentares. Mas que diabo de dieta perfeitamente saudável é essa que precisa de suplementos? Isso faz sentido? Na mente vegan, faz..

Sim, eu concordo que a obesidade é um caso grave na saúde norte-americana, mas precisamos guardar as medidas. Já publicamos uma pesquisa que informa que a obesidade infantil tem origem genética também. Ademais, o que o norte-americano médio come? Um monte de porcarias industrializadas ou nos fast-food da vida. Compre um imenso Big Mac com fritas e preste atenção no quanto de gordura animal você estará ingerindo. Batatas são vegetais e o óleo onde elas são fritas (e saem deliciosamente crocantes) também são de origem vegetal. Assim, o problema não está na carne em si (frita na chapa e não na fritadeira, imersa em óleo) e sim no percentual de gordura ingerido, que pode ser tanto de origem animal, como vegetal. Dessa forma, se eu tirar o hambúrguer e o queijo, eu poderei comer o Big Macapado e ficar tranquilo, já que não estou comendo nada de origem animal? Assim é fácil!

O Go Veg é um site tão escroto, tão mentiroso e sem-vergonha, que não se importa em estuprar o conhecimento científico que temos hoje, publicando um monte de sandices despropositadas sobre a fisiologia humana. Eles tiveram a pachorra de dizer que a formação dos dentes e do trato digestivo foi selecionado biologicamente para se alimentar apenas de vegetais. Só alguém completamente ignorante nesse assunto vai acreditar nisso. E eu falo ignorante na pureza do significado, isto é, de realmente não saber nada sobre o assunto.

Lá, afirma-se que o pH normal do estômago está entre 4 a 5. Mentira! O ácido produzido no estômago é o ácido clorídrico, que junto com a pepsina age fortemente contra o alimento que você ingere. O HCl é um ácido inorgânico com alto grau de ionização (Química de 1º ano de Ensino Médio). À medida que o pH do estômago vai aumentando (como quando você bebe leite de magnésia), o corpo produz mais HCl. A ação do HCl possui um rendimento otimizado entre o pH 1 e 2, isto é, se o pH começar a subir, o corpo corre em corrigir isso. Eu já fiz este teste em laboratório, com solução de HCl e solução de pepsina, e comprovei isso. Mas tal coisa não foi feita pelos “gênios” do Go Vegan.

E sobre atacar o estômago? O HCl não ataca as paredes do seu estômago por duas razões. A primeira é que o HCl possui o cloro no seu estado de redução máximo, logo, ele não pode oxidar nada (também é ensinado isso em Química do 1º ano do EM). O ácido clorídrico NÃO É um agente oxidante. A segunda é que em conjunto com a pepsina ele não ataca o estômago por causa de uma grossa camada de muco estomacal. Este muco – que normalmente se regenera competamente a cada 3 dias – contém, entre outras coisas uma substância chamada “bórax”, que ajuda a neutralizar a alta concentração de íons H+. Úlceras têm diversos fatores e um deles é a presença da Helicobacter pylori, que ataca o muco. Com menor camada de muco, o ácido clorídrico começa a atacar o tecido estomacal.

Outra besteirada na versão verde da Montfort é dizer que o intestino delgado tem cerca de 10 a 11 vezes o tamanho do ser humano. Considerando que tal tamanho está entre 3 e 7 metros de comprimento, então o corpo deveria ter entre 30 e 70 cm de altura. Ou o pessoal do GoVegan é completamente analfabeto em matemática ou, então, eles examinaram algum gnomo de jardim.

Chegaram, inclusive, a me mandar este artigo da Scielo para fundamentar a argumentação em prol do veganismo. Infelizmente, a própria conclusão do artigo desmonta o castelo de cartas:

CONCLUSÃO: A alimentação onívora desbalanceada, com EXCESSO de proteínas e gorduras de origem animal, pode estar implicada, em grande parte, no desencadeamento de doenças e agravos não-transmissíveis, especialmente no risco cardiovascular (grifo meu).

Qualquer dieta desbalanceada é danosa à nossa saúde, na linha do “tudo o que é demais faz mal”. Mas e os vegetais? Eles não seriam mais saudáveis? Dificilmente. A maioria sequer entraria em nosso cardápio se não fosse o nosso desenvolvimento e aprendizado na prática culinária, o que desmonta a tese absurda que o homem nasceu pra ser vegetariano. Muitos vegetais JAMAIS poderiam ter sido consumidos por nossos ancestrais, como é o caso do feijão que é altamente tóxico, pois possui inibidores de tripsina, uma enzima que ajuda no ataque a fibras musculares que foram ingeridas, além de agir nas fezes impedindo que haja prisão de ventre (e muitas vezes causando diarreia, quando em altas concentrações). Como se resolve? Através de tratamento térmico (cozinhando, em outras palavras). Claro que podem alegar que hoje ninguém como feijão cru, mas nossos antepassados não apareceram na terra com uma cozinha completa. Caçadores-coletores comiam o que viam pela frente (muitas vezes o que viam pela frente os comiam também, mas faz parte).

Ainda sobre o feijãozinho nosso de cada dia, convém que ele fique “de molho”, pois não conseguimos digerir uma substância chamada rafinose, um trissacarídeo também presente na soja, que só faz bem na mente vegan, mas não é essa maravilha que apregoam. Os fitatos contidos nela agem como fatores anti-nutricionais, já que reduzem a biodisponibilidade no organismo de minerais divalentes como: cálcio, ferro, magnésio, manganês, cobre e zinco, principalmente. Alguns estudos mostram que estes fitatos são importantes na mesma medida, mas deve-se ressaltar que ao se ingerir soja é preciso ingerir mais dos íons acima descritos. E tome suplemento alimentar! Isso soa plausível numa dieta tida como “melhor”? Bem, vegans continuarão achando que sim. Comer mandioca crua, alguém se arrisca? A mandioca consumida comumente, não nos traria problemas, mas o preparo original da mandioca brava é todo um ritual, por causa dos glicosídeos cianogênicos. Não, você não leu errado. É quase como comer cianetos (quase; e embora não seja a mesma coisa, pode ser fatal também).
Antes de terminar esta parte do artigo, deixem-me dizer-lhes uma coisa, afim de acabar com um mito: vegetais também se defendem.

Analisem. A Seleção Natural favorece quem estiver mais apto a gerar descendentes. Uma espécie não duraria muito tempo se não puder se reproduzir suficientemente para garantir a sobrevivência. Logo, se muitos herbivoros comessem vegetais direto, sem que esses pudessem ter tempo para se reproduzirem, não haveria vegetais, não haveria herbívoros e não haveria carnívoros. Os vegetais, contudo, desenvolveram táticas de defesa, muitas vezes mais cruéis que muitos animais. Alguns são extremamente venenosos, outros trapaceiam, mimetizando pequenos insetos para que os maiores possam ser atraídos. Outros exalam cheiro de carne podre, para que moscas pousem neles ávidas por um lanchinho, acabem se sujando com o pólen e indo para outra flor semelhante, perfazendo a polinização.

Mas que é sacanagem, é. A Natureza não se importa em manipular os seres.

Ainda mascarando informações, os membros da Seita Vegan parte para falácias de apelo à misericórdia e apelo ao mundo, dizendo que “o grão que alimenta o gado é o grão que faz falta na mesa das pessoas”. Mais uma alteração da verdade! Já começa que o gado não é tratado de forma intensiva, só no caso do gado leiteiro. Isso por que ele criaria capas de gordura, e ninguém quer comprar apenas gordura. De acordo com a EMBRAPA, a dieta completa do gado leiteiro “é uma mistura de volumosos ( silagem, feno, capim verde picado ) com concentrados (energéticos e proteicos), minerais e vitaminas. A mistura dos ingredientes é feita em vagão misturador próprio, com balança eletrônica para pesar os ingredientes. Muito usada em confinamento total, tem a vantagem de evitar que as vacas possam consumir uma quantidade muito grande de concentrado de uma única vez, o que pode causar problemas de acidose nos animais. Além disso, recomenda-se a inclusão de 0,8 a 1% de bicarbonato de sódio e 0,5% de óxido de magnésio na dieta total, para evitar problemas com acidose.”

O gado bovino de corte, é tratado com base de cana-de-açúcar como volumoso (cerca de 40 kg/dia) e apenas 3 kg de concentrado (milho + farelo de soja). E obviamente, depois do que os ingleses fizeram, só se alimenta gado de corte com constituinte vegetal (mesmo porque, são herbívoros). Para quem não se lembra, foram alimentar gado com farinha de carcaça de carneiros e resultou no chamado “Mal da Vaca Louca”.

Argumentar que isso faz com que haja falta de alimentos é uma falácia gritante. Qualquer um que vá no CEASA ou no CEAGESP pode ver o tanto de comida que é desperdiçado. ESTE é o problema! Desperdício! Em reportagem da Folha de São Paulo, fica demonstrado que 30% dos alimentos que o Brasil produz são desperdiçados. O desperdício pode acontecer até mesmo em unidades de saúde, como no Hospital das Clínicas. Além disso, há o caso que o mundo está se tornando superpopuloso, e o que seria realmente efetivo seria um controle de natalidade mais sério. Só que com mais gente no mundo, existem mais eleitores, mais gente que servirá de “decoração” para as campanhas eleitorais, mais massa de manobra, mais formas de haver doações, as quais poderão ser desviadas, enriquecendo o bolso de muita gente.

Em resumo: podem plantar o quanto quiserem, ainda haverá falta de alimentos na mesa das pessoas, pois o problema não é a existência do alimento, e sim na chegada até a casa das pessoas. Não há nenhum motivo político ara resolver isso, pois a fome é uma grande arma na mão de ditadores, como podemos comprovar nos países africanos, onde a ONU despeja toneladas e mais toneladas de alimento, e nem um grama chega à boca dos famintos. Se os campos são destruídos para fazer pastagens, segundo a visão vegan, eles seriam destruídos para transformá-los em produção agrícola. Fazem ideia da logística por trás disso? Bem, com certeza, eles não sabem.

Lógico que eu não diria que seres humanos não devem comer vegetais. Devem! Mas também não podem deixar de ingerir carnes, ou então estaremos todos condenados a viver de suplementos alimentícios pelo reso da vida. Reitero a pergunta: Que dieta saudável é essa que não supre nossas necessidades nutricionais?


Texto retirado do sitio: ceticismo.net
Autor: André Carvalho, título original: "Veganismos desmascarado"