segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Mal-estar...


O facebook surge para que as pessoas se relacionem virtualmente uma com as outras, aqui no Brasil vejo um pouco diferente isso, essa mesma ferramenta surge como uma forma de alguns indivíduos se mostrarem arregaçadamente e narcisicamente para o mundo de forma em que se é proibido serem  tristes, sozinhos, feios e desarrumados. Um jogo estético e moral onde o fracasso é escondido por aparências. Nessa simplória perspectiva surge o porque do fato que  alguns indivíduos necessitam tando se mostrarem  a todo momento com fotos, pensamentos e afirmações em uma pagina de relacionamentos.

Penso talvez que a carência e a ilusão de ser feliz e não ser, seja mais um novo tópico dentro dos males da civilização que Freud um dia citou. Vejo que o amor verdadeiro vive em tempos de hoje um vazio existencial e alguns indivíduos preenchem esse vazio com facetas obsoletas tecnológicas da contemporaneidade.

Ricos em espirito (espírito em Nietzsche), que reconhecem suas fraquezas, que reconhecem que as vezes são tristes, que as vezes se sentem sozinhos e que as vezes estão feios e desarrumados, talvez estes estão mais próximos do que seria um esteriótipo do que é ser feliz em tempos atuais (pessoalmente, ainda não sei se existe uma felicidade). Pobres de espirito necessitam da auto-afirmação para demostrarem que são felizes para os outros, e esconder o vazio existencial em que vivem, ou muitas vezes são cegos e nem percebem isso, viver sob uma estética de moral talvez seja confortante, talvez seja... Pobres de espírito!

Talvez sou muito simplista, gosto das coisa simples e não coloco o estético acima de tudo, evito coisas efêmeras e vivo o lado natural de como a vida realmente é. Vivo para mim os meus feitos e realizações em minha vida, e quando às compartilho, compartilho com as pessoas que verdadeiramente estão ao meu lado. Tecnologias não suprem meu vazio existencial.


"A sociedade tem medo de seus eus, fogem de si mesmas, lutam contra os abismos que são, é por isso que criam coisas terceirizadas para tentar compreender o que talvez não tenha compreensão"

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