A vida do ser humano é repleta de
escolhas, uma das principais escolhas na vida do ser humano é a escolha de sua
profissão, pois esta irá dizer quem ele é e o que pretende, a profissão como
formadora de identidade.
Confesso que para mim essa escolha
tornou-se um pesadelo, minha maior desilusão em minha profunda crise
existencial, afinal essa me acompanha desde que comecei a conhecer o algo além
nas coisas.
Tenho quase a certeza de que
escolhi errado, não sou nem um pouco feliz com ela e percebo que nunca serei
feliz com uma profissão que nada se aparenta com minha personalidade, sem falar
que essa mesma profissão caminha em um mar de hipocrisias, caminhando um passo à
frente e cinco para traz.
Uma profissão que pensa em ajudar
a humanidade, coisa que eu não tenho em meu pensamento, sou misantropo, odeio a
espécie humana, não odeio, talvez tenha desistido dela há muito tempo, não
tenho esperanças de mudanças, na merda estamos, na merda ficaremos e tudo dente
a piorar, a única forma de solução seria no extermínio da massa ignorante e da
massa corrupta, e também a criação de leis mais fortes.
Odeio o universo rosa que minha
profissão vive, um rosa criado pelo sexo feminino, 85% dessa profissão são
mulheres, ai se explica o caminhar de um passo à frente e cinco para traz. Não
sou machista, sou racional, estudos antropológicos, econômicos, culturais,
neurológicos provam que o sexo feminino tem processos neurais mais lentos em
seus sistemas de vivencias humanas do que o sexo masculino e quando esse número
de mulheres predomina numa determinada profissão, os processos de mudança e de
crescimento se tornam mais lentos, não critico aqui o sexo feminino, critico as
universidades capitalistas que vendem diplomas.
Sem falar do pior que se passa
nessa mesma profissão, o fato da dependência política que ela vive e o de
batalhar e sofrer por uma causa que pouco é valorizada e pouco se visualiza os
resultados. Não, eu não acredito no poder de mudança da minha profissão,
teoricamente sim, com certeza, mas ela inserida em uma sociedade burra não.
Meu único erro em tudo isso não é
o arrependimento, mas sim o medo de não tentar outra coisa.
Penso em desistir, eu penso em desistir de tudo!
Henrique Mohr
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